Tenjo Tenge e o pacto de crença

 Bom dia, Boa Tarde, Boa Noite leitores do Sintonia.


Ja ouviram falar em Tenjo Tenge?

Ou TenTen para os mais íntimos.

Tenjo Tenge é um anime de ação (shonen) de lutas marciais ambientado numa escola.

A historia é do autor "OH Great" que carrega todas suas obras com ecchi (erotização) pesado, sem que isso seja necessariamente prejudicial, mas tbm não adiciona nada, simplesmente aceita.

Com um traço excelente e lutas bem capturadas, é uma obra interessante para assistir/ler.
Exceto por um pequeno detalhe.

Sua confiança vai ser quebrada logo no inicio!

Para leitores em geral, mas principalmente do universo fantástico, existe uma regra para qualquer história:

O universo criado não pode se contradizer, ou seja, as regras impostas por ele, devem ser seguidas e quando quebradas, ter um preparo, caso contrario a historia perde o sentido.

No caso do TenTen isso ocorreu para mim.

O anime se ambienta na época moderna, provavelmente entre 2000 a 2005, numa realidade onde o "Chi / Ki" é usado pelos lutadores para destravarem técnicas de combate.

Logo no inicio, aparece um lutador de Westreling falando que não importa o quanto se treine, é impossível fortalecer as articulações, e a historia segue.

Em determinado ponto, esse personagem luta contra o protagonista e, pelas regras impostas no universo dele, incapacita completamente o mesmo. 

Mas não.

O protagonista se levanta e o derrota.

Pode arquitetar milhares de teorias ou usar a "força do protagonismo" para argumentar, mas o ponto é que me senti traído pela historia.

Mesma coisa que ocorreu com Baki, numa cena bem similar.

Essas regras criados para o universo pelo autor, são contra pesos e ganchos para se desenhar as mais diversas situações, por isso é errado quando não são respeitadas.

Claro, a obra é para se divertir/entreter e essa, no final das contas, é a regra absoluta.

Patrulha do Destino: Minhas impressoes

Bom dia/ Boa Tarde/ Boa Noite caros leitores do SC, aqui é o Miguel e vamos para mais um texto.

No episódio 2 do "Sintonizados" comentamos sobre séries de heróis que não seguiam muito a receita de bolo e uma delas foi a Patrulha do Destino(Doom Patrol).

Não falamos muito sobre as séries pois a ideia tanto no podcast como aqui é não dar muito spoiler.
Ainda assim, desejo deixar alguns pontos sobre essa série que acabei maratonando a alguns dias atrás.





Não sei como se iniciou nos quadrinhos, mas na televisão o recado é dado nos primeiros momentos:
Essa série não é sobre Hérois, é sobre metahumanos e seu lugar no mundo.
Simulando, propositalmente, a academia do professor X, Nail(Chefe) e seus agregados não tem um objetivo tão nobre, se limitando a apenas tentarem sobreviver sem machucar ninguém no caminho.

Enquanto a série se passa, vamos descobrindo o passado dos personagens e entendendo a sutileza humana em cada um e mesmo que a série tenha boas piadas e cenas de ação criativas(NA Minha Opinião), o desenvolvimento de personagens te prende.

Começamos pela Crazy Jane, que tem Transtorno de Multiplas Personalidades.
Ao invés da série fazer uma jornada que ela conversa com cada uma e vai entendendo os problemas, a história nos mostra uma pessoa tentando não utilizar as outras personas como arma, pois sabe como isso é horrivel.

E como ela não consegue se comunicar, parece que esta só numa fase de eterna rebeldia.

Depois tem o Cliff (Homem Robo)que inicialmente pensa que era um pai presente e ativo, depois aos poucos vai recuperando a memória e entender como fazia para lidar com uma gravidez não planejada, o torna mais real e próximo do personagem instável que estavam construindo, por mais que eu saiba que a fala foi forte, ela mantém a ideia da personagem e marcou um ponto para mim.

Indo para o Larry (o homem radioativo) que teve que lidar com outra pessoa querendo passar uma mensagem, mas sem nenhum tipo de linguagem, apenas com gestos. Me parecendo uma comparação em como podemos sentir as coisas, mas não explica-las  e o quanto isso dificulta qualquer tomada de ação.

E finalmente temos Rita (a mulher elástica) que mesmo sendo vivendo constantemente na corda bamba, ela é a que mais consegue se manter sã para encarar o cotidiano, diferente do Cliff e Jane que se isolam, entre o arco de aceitação passando pelo romance com Mento, nasce uma pessoa muito mais forte e e resistente que seus próprios poderes.


A série possui arcos definidos, sendo o primeiro o sequestro e resgate do Chefe, a apresentação do Ciborgue, a filha do Chefe e o final do mundo.
Todos normalmente sendo encerrados sem uma luta ou embate épico, simplesmente com sarcasmo e lógica


Quando os crédito sobem, Patrulha do Destino se mostrar mais uma série de como pessoas tentariam fazer o bem com seus poderes, mas se perderiam dentro dos próprios universos.

E isso que a deixa tão espetacular.