Sobre livros #7 - O Pacto

Saudações, aprendizes! Hoje com a resenha do livro O Pacto, de Joe Hill!

Capa da primeira edição

Este texto pode conter spoiler que podem prejudicar sua experiência, caso ainda não tenha lido o livro e/ou não esteja familiarizado com o roteiro. Leia por sua conta e risco.


Título: O Pacto; Amaldiçoado (na nova edição); Horns (no original)
Autor: Joe Hill
Editora: Arqueiro (Sextante)
Nº de páginas: 317

Sinopse:

Ignatius Perrish sempre foi um homem bom. Tinha uma família unida e privilegiada, um irmão que era seu grande companheiro, um amigo inseparável e, muito cedo, conheceu Merrin, o amor de sua vida.

Até que uma tragédia põe fim a toda essa felicidade. Merrin é estuprada e morta e ele passa a ser o principal suspeito. Embora não haja evidências que o incriminem, também não há nada que prove sua inocência. Todos na cidade acreditam que ele é um monstro.

Um ano depois, Ig acorda de uma bebedeira com uma dor infernal e chifres crescendo em sua têmporas. Descobre também algo assustador: ao vê-lo, as pessoas não reagem com espanto e horror, como seria de se esperar. Em vez disso, entram numa espécie de transe e revelam seus pecados mais incofessáveis.

Um médico, um padre, seus pais e até sua querida avó, ninguém está imune à Ig. E todos estão contra ele. Porém, a mais dolorosa das confissões é a de seu irmão, que sempre soube quem era o assassino de Merrin, mas não podia contar a verdade. Até agora.

Sozinho, sem ter aonde ir ou a quem recorrer, Ig vai descobrir que, quando as pessoas que você ama lhe viram as costas e sua vida se torna um inferno, ser o diabo não é tão mau assim.

Resenha: 

Caso você não tenha sentido vontade de ler o livro depois de uma sinopse dessas, sinto muito, mas você está morto por dentro. Brincadeiras à parte, O Pacto foi o terceiro livro (o segundo romance) publicado por Joe Hill. 

Filhos de um dos maiores escritores da atualidade, Joseph Hillstrom KING (Tadá!) optou por esconder o nome do pai até que alcançasse um certo reconhecimento. Afinal, dá pra imaginar a cobrança sobre um escritor com King no sobrenome. 

Joe Hill, no entanto, me surpreendeu. Eu já havia lido seu livro anterior, A Estrada da Noite, e havia gostado. Sendo assim, foi fácil começar a leitura de O Pacto. 

Diferente de seu pai, que por vezes apenas brinca com nosso psicológico, Hill traz um sobrenatural mais presente na narrativa, totalmente influente na trama e em seus desdobramentos. 

Começamos o livro acompanhando Ig. Uma figura decadente e em tormento, nosso herói (não, pera...) vai descobrindo e experimentando os poderes que os misteriosos chifres em sua cabeça possuem. 

A narrativa passa brevemente por outros personagens, além de alguns flashbacks, o que pode causar severas quebras de ritmo às vezes. Mesmo assim, a trama não perde o fio da meada e você estará sempre com vontade de terminar mais um capítulo. 

Outro ponto que adiciona um colorido extra ao livro são às diversas alusões à música. Desde O Evangelho segundo Mick e Keith até a breve menção à Judas Coyne (personagem músico de A Estrada da Noite), fãs de rock clássico vão notar diversas referências e trechos de canções, muitas vezes se entrelaçando à trama de uma forma muito criativa. 

Extra: 

Tem filme! Horns (2013; Amaldiçoado no Brasil, motivo de uma nova edição do livro com o título diferente. Qual a dificuldade de manter o original...). 


Dirigido por Alexandre Aja (Piranha 3D... Tirem suas próprias conclusões!) e estrelado por Daniel Radcliffe (É nóis que voa bruxão Harry Potter) e Juno Temple (Os três mosqueteiros e Batman: o cavaleiro das trevas ressurge). 

Falando brevemente sobre o filme, ele é bom, conseguindo passar aquele clima de pessimismo e sarcasmo, mas inferior ao livro por falta de tempo (aquela ladainha de sempre). Vale a pena ver. 

Considerações finais: 

No geral, eu diria que o livro é muito bom, e vale a pena ser lido. Mas não é um livro para todos. A história traz questionamentos sobre Deus e o diabo, e o papel verdadeiro do homem no meio dessa bagunça toda, o que pode deixar uma pulga atrás da orelha dos puros de coração mais radicais. 

Fica o aviso. 

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2 comentários:

  1. Putz Wagner! Eu vi o filme, pensando que um dia podia ler o livro de tão fantástica que achei a história. Agora que vi a capa percebi que tinha ele em casa e doei...
    Quero um gif de choro aqui!!

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    Respostas
    1. Bah que droga, mas acontece...

      Espero que algum dia consiga algum exemplar, pois a experiencia é muito superior. Mesmo eu tendo gostado bastante do filme, deixo a indicação do livro, assim como A Estrada da Noite, do mesmo autor.

      No mais, obrigado pela leitura

      Abraço

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