Música #4 - A Síndrome do Rockstar Decadente


Pobre do músico que adquire a Síndrome do Rockstar decadente (Estupidum Animalus Egocentricum, no latim)... 
A pessoa afetada por essa enfermidade é conhecida popularmente com “O Estrelão”,  "O bonzão", “A última bolachinha do pacote”, etc. E geralmente ela, mais que todas as outras vê a si mesmo neste alto patamar – embora, vale ressaltar, ainda exista uma espécie de fãs (Obicecadus Imaturum) que ainda o defenda, dizendo que é inveja, que é dor de cotovelo, que o portador da SRD é o talento do grupo, o fenômeno responsável pelo sucesso estrondoso (às vezes nem é pra tanto) da banda em si. 
Não se engane, as proporções nem sempre são verdadeiras. Geralmente essa síndrome ataca o homem em evidência, o frontman (por razões bem explicitas até). Mas isso não é via de regra.
Entendam: o estrago causado por essa síndrome não é proporcional ao talento, e sim, ao ego do afetado pela mesma. Pode afetar qualquer um: guitarristas, bateras, baixistas – às vezes, uma banda inteira.
Sim. A maior probabilidade de um músico contrair essa síndrome é estando em uma banda!
Acessos de raivinha, de infantilidade exacerbada são frequentes. O afetado costuma achar-se muita acima das pessoas comuns, faz cena, tem a necessidade de ter a atenção sobre si e os desejos atendidos tal fora um faraó. Este passa a não sentir o peso das próprias atitudes, e a responsabilidade de seus atos é sempre justificável, em prol de um sucesso ou algo subjetivo que só existe em sua própria mente.
Outro sintoma é a viagem temporal (ACREDITEM) da mentalidade do indivíduo a uma era retrógrada, um tempo distante que não condiz com a posição de um verdadeiro artista nos dias de hoje.
Infelizmente, é um mal sem cura.
Estudiosos garantem em tom sarcástico, que é uma questão de tempo e maturidade.

Um comentário:

  1. ótimo texto Rafa.
    O que nós temos hoje são pessoas se achando simbolos de algo que nao fazem m trabalho jus.

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