Sense8 - Imersão à humanidade coletiva

Oito pessoas nos mais diversos lugares do mundo e que nunca se viram antes, descobrem que estão conectados mentalmente. Isso é o que você já sabe sobre Sense8, a série da Netflix criada pelos irmãos Wachowski (Matrix, V de Vingança, Speed Racer).

Por mais que tentassem, as Wachowski não conseguiam sair da sombra de sua obra mais aclamada desde 1999. Matrix. O que você que ainda não viu sobre Sense8, mas que já deve ter lido por aí, é que a série é a redenção deles. Também pudera. Com um excelente trabalho no background dos oito personagens, cada um com uma habilidade e experiência de vida bem construídos, compartilham suas experiências, habilidades e emoções uns com os outros. Ninguém tem poderes sobre humanos, ainda sim, tem conhecimentos e perícias únicas, desde interpretação a lutas marciais que são sempre aproveitadas eficazmente na trama.

Outro ponto importante, é a diversidade orgânica de gêneros, raças e culturas. Desde o pobre ao homossexual, do negro ao asiático e ao latino, do drogado ao agente certinho da lei. A trama se desenrola de uma maneira em que todos estão ligados mais do que por emoções e pensamentos, devem lutar por suas sobrevivências, cada qual a seu modo e mesmo distantes, cooperam mutuamente.

Sense8 não é uma série de ação, drama, suspense, aventura ou comédia, mas uma imersão nas relações humanas tratadas da forma mais sincera possível, com sentimentos, emoções e reações cativantes que prendem a cada segundo, indo contra ao chamado inconsciente coletivo formulado por Jung e nos revela um ensaio de como seria um “consciente coletivo” em todas suas vantagens e desvantagens.