Stranger Things: Pare o que você estiver fazendo e vá la assistir!

Saudações, aprendizes! Hoje falarei sobre essa série que vai explodir seus miolos!

Este post pode conter spoilers, caso você esteja isolado em uma cabana nas montanhas e não saiba do que trata essa série. Brincadeiras à parte, farei minha análise com o mínimo de spoilers possível, ok? Então vamos lá!


Lançada na última sexta feira (15/07) na rede de streaming Netflix, Stranger Things conta com um roteiro minuciosamente elaborado e com uma trama muito bem amarrada. Idealizada, escrita e dirigida pelos irmãos Duffer (Matt e Ross), e estrelada por Winona Ryder (a eterna Kim Boggs em Edward Mãos de Tesoura) e David Harbour (o Dr. Mason em Elementary), a série já vinha fazendo barulho há algum tempo nos trailers.

Com uma primeira temporada que pode parecer curta, é injusto dizer que a série deixou a desejar em qualquer arco, mesmo com seus poucos (e ótimos!) oito episódios.

A trama se passa na cidade de Hawkings, Indiana, nos anos 80, e gira em torno do desaparecimento do garoto Will Byers. Paralelo a isso uma garotinha misteriosa aparece na cidade, escondendo segredos um tanto interessantes...

Essa é a premissa básica do enredo, que se divide em três arcos principais:

1- O desespero de Joyce Byers (Winona) para encontrar o filho, contando com a ajuda do delegado Hopper (Harbour). Juntos os dois embarcarão numa investigação sobre o que realmente acontece na empresa de energia da cidade;

2- As aventuras dos garotos Mike, Lucas e Dustin; tentando descobrir o que aconteceu com seu amigo desaparecido e lidando com a descoberta de Onze, a garota misteriosa;

3- E as desventuras amorosas de Nancy, a irmã de Mike, que acaba se envolvendo mais do que gostaria no mistério envolvendo a suposta empresa de energia. Encontra um aliado em comum no esquisitão Jonathan Byers, o irmão de Will, que tenta de tudo para encontrar o caçula.

Claro, as três subtramas se cruzam de maneira magistral, com desdobramentos interessantes e inesperados. Os episódios correm e você não percebe o tempo passando. Ao final de cada capítulo temos um gancho surpreendente, que sempre nos deixa querendo assistir mais um.

Outro ponto que acho importante frisar é a ambientação, que foi perfeita na minha opinião. Os anos 80 foram inseridos de forma natural, não daquela maneira forçada que estamos acostumados a ver. Tudo na ambientação foi minuciosamente planejado: as músicas, os filmes em cartaz, as roupas, as casas, os carros... Eles realmente sabiam o que estavam fazendo.

E, claro, não dá pra falar sobre a série sem mencionar as referências. Foram tantas que até mesmo o nerd mais distraído deve ter se sentido homenageado. Com citações que vão de O Hobbit e O Senhor dos Anéis até Dungeons & Dragons, passando por aquele clima das obras de Stephen King e dos filmes de Spielberg, o apelo para a nostalgia é grande. Ou melhor, imenso. Duvido que as aventuras de Mike e Cia não despertem em você aquele sentimento de estar assistindo Os Goonies, por exemplo.

Os Goonies! Não, pera...

Os efeitos especias, tão criticados em outras séries originais da Netflix (um pouco de HATERismo, na minha humilde opinião), foram bem feitos e satisfatórios. As atuações são boas, destaque para Winona que nos convenceu com seu papel de Mãe desesperada e para o elenco infantil. Sim, tenho certeza de que você vai querer jogar RPG com Mike narrando...

Os personagens, de modo geral, convencem. Assim como a trama que, talvez eu já tenha mencionado uma ou mil vezes (?!), foi eletrizante e satisfatória. O formato de oito episódios mostrou-se eficiente, sem espaço para fillers  e outras formas que os produtores muitas vezes encontram para encher linguiça.

O único problema da série é que acaba. Ainda não foi confirmada uma segunda temporada, embora eu acredite que ela seja possível, dada a repercussão positiva da série.

Winona, como paranóica. Ótima atuação!

De qualquer forma, assista a Stranger Things, pois é a melhor série que você vai assistir em 2016!

E cuidado com o Demogorgon, porque ele pode estar por aí.

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